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Foto: divulgação

O ônibus da Fisioterapia gratuita para pessoas de baixa renda – mostrado em 2014 no SóNotíciaBoa – completou 9 anos de atuação e já atendeu 70 mil pessoas de baixa renda do Grajaú e de Interlagos em São Paulo.
São cerca de 50 pacientes por dia, de crianças a idosos.
Quem vê o ônibus da Fisioterapia Itinerante estacionado, não imagina que lá dentro existe um moderno espaço de fisioterapia.
“Eu não vivo do projeto. Eu vivo para o projeto”, afirma Maria de Las Gracias, 55, que além de criadora do ônibus é também uma das fisioterapeutas responsáveis pelas consultas.
Atendimentos
A jornada diária de Maria começa 6h30 para acabar apenas às 16h.
Ela atende na clínica nas segundas, terças e quintas.

No resto da semana ela trabalha para pacientes particulares em sua casa. O dinheiro que recebe nesses atendimentos é quase totalmente destinado para manter o ônibus.

Nos dias que está fora do projeto, outras três fisioterapeutas atendem para manter a Fisioterapia Itinerante nas ruas.

“Eu gostaria muito de ter estrutura para atender em mais bairros. Infelizmente é muito difícil manter o ônibus, que tem custos muito caros, principalmente com combustível”, conta.

Cada atendimento de meia hora custa R$ 23. As pessoas que não têm como pagar são atendidas gratuitamente, ou pagam quando estiverem em melhores condições financeiras.

A cobrança é uma forma de ajudar na manutenção do ônibus e em outros custos, como pagamento das profissionais que trabalham na clínica.

História
Tudo começou antes de sua entrada no curso superior. Maria era terapeuta holística, e trabalhava principalmente com massagens.

Durante muitos anos ela viajou para países com população em situação de risco, como Índia e Nepal. Nessas viagens, a fisioterapeuta ajudava voluntariamente os moradores locais.

“Era uma troca. Eu oferecia ajuda e tratamento ao mesmo tempo em que aquelas pessoas me ofereciam ensinamentos sobre a cultura e a realidade do país”, afirma.

De volta ao Brasil, a empreendedora resolveu fazer um curso de fisioterapia. Desde o início da graduação ela já tinha a ideia de criar uma clínica na periferia.

Por problemas com custo e logística, Maria optou por algo itinerante ao invés de fixo. Em 2007, vendeu o carro, um terreno e investiu cerca de R$ 150 mil na compra e adaptação do ônibus.

Patrocinadores
Até hoje ela não recebeu nenhuma proposta de empresas ou pessoas interessadas em investir na sua clínica.

Tempos atrás a empreendedora colocou psicólogos e nutricionistas para trabalhar no ônibus, mas foi impossível arcar com os gastos e o serviço não durou muito tempo.

Mesmo com as dificuldades, Maria ainda pensa em futuramente tentar ampliar a clínica, colocando advogados no ônibus para auxiliar e orientar a população.

Com informações da revista PEGN

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